A cidade de Pirajuí recebeu nesta terça-feira (11), com muita tristeza, a notícia da morte de Maria Do Carmo Fonseca, aos 80 anos. Se esse nome não traz muitas lembranças, seu apelido certamente será reconhecido: Doca ou, ainda, Doquinha.
Ser católico praticante na cidade significava, obrigatoriamente, ver semanalmente a figura de Doca, que fazia uma espécie de zeladoria na belíssima igreja Nossa Senhora Aparecida, hoje Santuário. Aliás, não precisava ser católico: qualquer pessoa que, por um motivo ou outro, fosse à igreja “de cima”, para um casamento, formatura ou batizado, era só olhar com mais atenção aos “bastidores” da celebração e lá estava ela, toda atenta, a legítima guardiã do templo.
Onde aumenta o volume da caixa de som? Chamem a Doca.
Onde está a chave que dá acesso ao coreto no andar de cima? Xi… Chamem a Doca.
A noiva quer entrar com as portas da igreja fechada, é possível? Não sei, vamos perguntar para a Doquinha.
Essas eram as indagações que ela dominava. Conhecia cada centímetro da belíssima igreja. Ali esteve durante muitos anos e acompanhou a chegada e partida de padres, diáconos, ministros da Eucaristia e jovens coroinhas que hoje são quarentões.
A elegância de Doca
Outro detalhe marcante na trajetória de Doquinha era sua forma elegante de se vestir e aparecer em público. Impossível lembrar de algum momento em que não estivesse muito bem vestida, com os cabelos arrumados e maquiagem – todo evento na igreja, para ela, parecia ser de gala.
A amiga (e cabeleireira) Jane Aruth também lembrou dessa sua característica. “Minha querida sempre foi vaidosa e estava sempre linda, e assim ficará em minhas lembranças”, escreveu em uma homenagem em seu Facebook (aliás, foi dessa mensagem que extraí a fotografia deste post).
Hoje, mais uma vez, Doquinha está na Igreja Nossa Senhora Aparecida, onde ocorre seu velório. Dessa vez, para um adeus a esse local que tanto amou e onde tanto serviu, ajudou, ZELOU. Ao seu lado estão seus amigos que, com certeza, sempre lembrarão de sua presença cada vez que estiverem no Santuário. Da inesquecível e elegante Doca!
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luiz Ricardo Rodrigues Ramos
24/02/2018 — 10:58
Tbem acho as pinturas lindas vale a pena visitar
Claudine Pereira
03/05/2020 — 01:26
Eu Claudine W.A. Pereira, porém até o padre da época, me chamava de Deiê, pois fui coroinha nesta igreja com 07 Anos + ou -, pois nasci em 10/02/1943, nesta época, o piso desta Igreja era de cimento rustico e nós éramos em 6 coroinhas, uns um pouco mais velhos, tinha na época amigos das famílias Rizzo, Fabrício, Abraão, e outros mais. Ajudávamos nas quermesses que eram em frente da Igreja. Meu pai apesar de ser Maçom, era muito Católico também e por meio da Maçonaria e do Deputado Estadual Aníbal Haman que também era Maçom e que numa campanha da Maçonaria bem como os comerciantes e fazendeiros, bem como todos os católicos da “Igreja de Cima” como todos a chamavam, FOI COMPRADO, TODOS OS LADRILHOS QUE É ATÉ HOJE UMA MARAVILHA E VÁRIAS VEZES CHEGAVAM ESTES LADRILHOS DE CAMINHÃO E QUE POR DIVERÇAS VEZES CHEGAVAM E NÓS COROINHAS AJUDÁVAMOS, PEGAR NAS CARROCERIAS E LEVAR ATÉ AOS CORREDORES LATERAIS DA IGREJA, PARA SEREM APLICADOS COMO ESTA ATÉ HOJE. Isto jamais vou esquecer.
funcionário Marcelo
13/05/2020 — 19:01
Você como sempre, Deiê, magnífico em suas memórias! Obrigado por dividir conosco!