O Ditinho é um querido! Em Pirajuí, quando se fala de Benedito Custódio, talvez nem todos saibam de quem estamos falando… Agora, pelo nome que é mais conhecido, como Dito ou Ditinho da Farmácia, pronto, difícil o pirajuiense que não o conheça.
Além de muito popular, é querido por todos. Muito simpático e sempre disposto a ajudar – aliás, não é qualquer um que trabalha há 40 anos (!!!) no mesmo lugar, na farmácia Nossa Senhora Aparecida, onde acolhe e tranquiliza clientes de todas as idades.
Mas não é da sua profissão que vamos falar por aqui. É de outro tema envolvendo o nome do conterrâneo que está, literalmente, agitando os domingos na internet brasileira.
Ditinho pode não ser muito adepto a interações nas redes sociais, não fica comentando polêmicas ou entrando em brigas online. Entretanto, religiosamente, aos domingos, por volta de umas 9h30, 10h ele faz sua postagem tradicional.
Uma foto mostra deliciosos petiscos, que dão água na boca logo pela manhã, sempre regados a cerveja gelada. A legenda é maravilhosa e sempre a mesma: “café da manhã no Índio”.
O Índio, para quem não é de Pirajuí, é uma lanchonete bem simpática do bairro Vila Abel. Com decoração rústica, serve principalmente espetinhos. Eu mesmo ainda não tive a oportunidade de conhecer, afinal, a gente mora longe né. Mas é um estabelecimento sempre bem elogiado.
Mas o que o Dito mostra nas fotos, me parece que é um menu secreto, um cardápio especial para o amigo. Um banquete que, certamente, vale a fotografia e o sucesso que o registro faz por aí.
O café da manhã no Twitter
Conheço o Ditinho e sou seu amigo no Facebook. Todo domingo, ao ser impactado com as fotografias do “café da manhã no Índio”, automaticamente, meu dia ficava melhor. Eu pensava, caramba, como esse momento que, muitas vezes, passa batido na vida das pessoas, é vivido com intensidade por ele. Todo domingo é especial.
Com a chegada da pandemia, isso ficou ainda mais latente para mim. Em uma época de tanta tristeza, a mesa farta e caprichada do Ditinho dava cor e um toque de felicidade num ato tão simples.
Resolvi dividir essas fotografias no meu Twitter. Tinha certeza que as pessoas de lá também ficariam felizes com essas fotos tão saborosas. Estava correto. Foi um sucesso absoluto.
Até hoje, 93.200 pessoas já passaram o olho nas imagens e, como veremos a seguir, também começaram a querer fazer parte da farta e animada mesa de Ditinho.
Detalhe: com as medidas de distanciamento social, a mesa do Índio foi temporariamente substituída pela residência de Dito.
Aí a brincadeira ficou séria. Os pratos passaram a ser mais numerosos, as porções parecem tomar conta de toda a extensão da mesa, são tantos acepipes espalhados que quase não é possível enxergar a toalha.
Os torresmos são brilhantes, parecem joias, são iguarias que lembram o ouro, fritas uma a uma como obra de arte.
Outro fator passou a acompanhar o vasto café da manhã em casa, os drinques coloridos, exóticos e vibrantes que trazem a orientalidade do saquê para a região Noroeste do Estado.
O povo adora!! Veja as manifestações dos amigos internautas:
Entrevista com Ditinho
Diante de tamanho sucesso, alguns internautas passaram a querer saber mais tanto sobre Ditinho quanto sobre o ritual que ele coloca em prática a cada domingo.
Ele, gentilmente, topou em responder a algumas perguntinhas deste Homem Benigno.
HB: Você acha que o café da manhã é a refeição mais importante do dia?
Ditinho: Não acho que seja a refeição mais importante do dia. Até porque só faço aos domingos, na minha folga.
HB: Que horas q vc começa a preparar o café da manhã no domingo?
Ditinho: Geralmente, às 6 da manhã.
HB: Quantas pessoas comem desses lindos banquetes que você produz?
Ditinho: De três a cinco amigos, bem próximos.
HB: Qual a importância na sua opinião de um café especial como esse?
Ditinho: Reunir meus amigos e desfrutar de momentos agradáveis com eles. Colocar os assuntos da semana em dia.
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É isso aí, Dito, obrigado pela entrevista e, principalmente, obrigado por preencher nossas manhãs de domingo com tanta alegria gastronômica!