Foi você quem me fez assim

Criador do rótulo do Guaraná Noroeste faz 100 anos!

Quem nasceu em Pirajuí, ou melhor, qualquer pessoa que tenha passado por Pirajuí nos últimos 70 anos, com certeza, bebeu desse líquido maravilhoso.

O Guaraná Noroeste, carinhosamente chamado de Guaraná do Cavalinho, fez história em nossos paladares e corações.

Qualquer pessoa que o experimenta, se apaixona pelo seu doce sabor. Mas, além disso, a bebida fascina também por seu lendário e enigmático rótulo: um índio montado em um cavalo, em meio a um campo aberto, sob o céu azul.

Seria Pirajuí? Seria nas pradarias dos Estados Unidos, já que o índio tem todo o jeitão dos comanches, apaches e nativos das terras americanas?

A única pessoa que pode responder com maestria é o simpático Sr. Joaquim Affonso de Brito.

Esse engenheiro pirajuiense completou hoje 100 anos! CEM ANOS! Um século de Seu Joaquim, o homem por trás do genial rótulo do Guaraná Noroeste que, certamente usou seu talento em desenho, projeto e proporções para nos trazer essa maravilhosa arte.

Um concurso escolar

Mas se engana quem pensa que Seu Joaquim tenha desenhado o rótulo na sua atividade de engenheiro.

Nada disso. A produção nasceu de um incentivo quando ainda era um menino, aluno do IEDAP, conhecida atualmente como E. E. Alfredo Pujol, nos anos 1940.

Aqui atualizo com uma correção. O Vitor Pereira Eça, pirajuiense que há anos vive no Rio de Janeiro, complementou essa bela história familiar para enriquecer a postagem com dados corretos.

“O concurso foi criado por meu avô, Manuel Pereira Eça, que criou o guaraná e era proprietário da fábrica na ocasião; João Carlos de Souza Barros, era casado com minha tia Olga, que foi quem guardou essa história”, conta Vitão.

Por sinal, essa ligação entre a família Barros e o Guaraná do Cavalinho eu soube pela saudosa dona Olga, que me contou essa maravilhosa história enquanto eu ajudava seu neto a carregar um pesado banco de jardim, dentro de sua residência. Quantas saudades que ficam, não é mesmo?

O rótulo infinito

Pirajuienses que tiveram a oportunidade de estudar semiótica nos cursos universitários sempre lembravam do rótulo do Guaraná Noroeste.

Afinal, trata-se de um rótulo infinito: levando em consideração que o apache está em um rótulo de guaraná do cavalinho, segurando uma garrafa do Guaraná Noroeste, significa que nela há outro apache, segurando outra garrafa, etc, etc, etc. Que doideira hein?

Viva Seu Joaquim! Vida longa ao GENIAL CRIADOR do rótulo do eterno Guaraná do Cavalinho!

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