Calma aí… A ameaça do título foi só para que você clicasse no post!
Mas é fato que o Cemitério de Pirajuí possui várias histórias (umas tristes, outras interessantes). No entanto, não é sobre a atual necrópole, localizada ao final da Avenida da Saudade, que vamos falar hoje – mas sim sobre o antigo cemitério.
Durante minha infância e adolescência, ouvi algumas vezes as pessoas mais antigas comentarem que, bem no início da história do município, o local onde se enterravam os entes queridos ficava, justamente, onde hoje se encontra a Igreja Matriz de São Sebastião (também conhecida como a “Igreja de Baixo”).
No entanto, um documento histórico bem legal divulgado recentemente em uma rede social comprovou essa informação, com alguns detalhes adicionais.
O antigo cemitério de Pirajuí
Para variar, a informação também veio do ESPETACULAR grupo do Facebook chamado Amigos da E.E. Dr. Alfredo Pujol (que, aliás, como já dissemos aqui neste Homem Benigno, é uma das mais ricas fontes de informações histórias de Pirajuí nos dias de hoje).
A postagem foi feita pelo Walter Pinatti Junior, pirajuiense que vive na cidade de Maringá (PR). O registro é de uma raridade: uma página da extinta revista Correio de Pirajuhy Magazine, publicação do dia 1º de Dezembro de 1950 – inclusive, de acordo com este documento, há um exemplar dessa publicação no acervo da Universidade Estadual de Londrina (UEL), para quem estiver pelo Paraná e quiser conhecê-la.
A página selecionada pelo Walter Junior traz o relato de um familiar seu, seu nono (avô) Antonio Pinatti, um pioneiro de Pirajuí. O texto fala justamente das diferenças que a cidade, no início dos anos 1950, apresentava em relação aos primeiros movimentos de formação, do início do século XX. Leia o texto na íntegra:
Em suas palavras, quando era “alguns ranchos de ‘páu-a-pique’ no lugar onde esteve a velha gare da Noroeste, uma ou outra casa espalhada aqui ou ali, a Igreja de barro e o resto era mato”.
Com relação ao antigo cemitério de Pirajuí, Pinatti relatou à revista que era “localizado no quarteirão circundado pelas praças Luiz Gama e Cel Joaquim Piza, e pelas ruas 23 de Maio e Dom Pedro II. Sendo que o centro do velho cemitério ficava onde hoje se erguem a Casa Paroquial e a Sede Cristo Rei”.
Imagine só, naquele época, em 1950 as duas construções localizadas na hoje Rua Campos Salles ainda estavam em obras. Ou seja, de acordo com o relato do pioneiro, de fato, o cemitério ficava onde hoje é o Centro de Pirajuí. Sendo assim, enquanto você lê essa postagem, de fato, você pode estar acessando seu smartphone bem em cima de onde era a antiga necrópole, já pensou?
Leia mais histórias de Pirajuí no Homem Benigno:
Benedito Ferreira de Camargo
16/02/2017 — 20:13
Os pioneiros de Pirajuí, os desbravadores (sem terras) que mataram todos os índios e lhe tomaram sua terras, hoje denominam ruas. Atualmente aqueles que são denominados sem terras, não são vistos com bons olhos.
funcionário Marcelo
16/02/2017 — 20:17
Você fez uma boa observação, Dito!
De fato há diversas homenagens em vários bairros (principalmente na Vila Esperança) aos nomes dos pioneiros que chegaram no local ainda sob domínio dos índios Coroados né?
Obrigado pela leitura 🙂
Flávio Altran
17/02/2017 — 10:37
estes exemplares de periódicos antigos são muito importantes para se saber e pesquisar sobre o cotidiano histórico da cidade. Numa sala bem guardada, mantemos 70 anos de jornais em Pirajuí, todos eles devidamente encadernados por períodos anuais. infelizmente, por não confiar nas autoridades, a família não está disposta a disponibilizar e doação do acervo e nem muito menos abrí-lo a curiosos e pesquisadores! quem eu acho que mantém coleção semelhante, é o Sr. Laerte Brito, que sempre nos encomendou encadernações anuais.
Parabéns pelo site!
Saudações desde a Tríplice Fronteira!
14/88
funcionário Marcelo
17/02/2017 — 14:07
Tenho certeza que há um verdadeiro tesouro aí – seja do noticiário ou mesmo da crônica urbana em nossa amada Pirajuí.
Um abraço meu querido “Tôuche”
Mateus Costa
17/02/2017 — 23:17
Época em que se fazia jornalismo em nossa cidade, hoje em dia até o jornalista sai na foto! A que ponto chegamos?
Saudoso Jornal de Pirajuí!
José Domingos Batista ( Picovo)
20/02/2017 — 09:50
Tudo muito legal!!!Infelizmente, por falta de confiança nas autoridades, não podemos ter acesso a esse tesouro!!! Eu, por exemplo, até já comentei com meu amigo Picolé, que, pode ser que tenhamos aí vários registros de quando formávamos uma dupla de ataque “matadora” no glorioso “Flamenguinho de Pira”, mas… não temos como saber, ler ou rever e, etc…Que lástima!!!!
funcionário Marcelo
20/02/2017 — 18:41
Obrigado pela leitura, Mateus! Quantas e quantas histórias devem estar escondidas nesses documentos clássicos!
funcionário Marcelo
20/02/2017 — 18:42
É uma triste mesmo. Quem sabe isso não muda algum dia, não é mesmo?
Obrigado pela leitura e QUE HONRA, Jay Gokula!
Um abraço e Hare Krisna!
José Domingos Batista ( Picovo)
22/02/2017 — 09:18
A honra é toda minha!!! Muito obrigado, Marcelo e, um abração!!! Hare Krishna!!!! Lutemos, pois, pela memória da nossa amada Princesinha da Noroeste!!!
Marcos Marangon
02/10/2020 — 12:42
Você sabe em que ano o atual cemitério começou a funcionar?
funcionário Marcelo
08/10/2020 — 17:46
Não sei ao certo, Professor. Até já ouvi falar de algumas tratativas iniciais para a escolha do terreno, mas não sei dizer em que época exata se deu… Vou pesquisar e quem sabe vira um artigo! Obrigado pela leitura