Com o coração apertado, nos despedimos nessa semana de José Alderico Daniel, aos 85 anos de vida. Nascido em Cafelândia, filho mais velho de Natal Daniel e Francisca Ricci, fez sua vida em Pirajuí, no bairro rural da Água Quente.

Na década de 60, seus pais ainda se mudariam para o Paraná, deixando os filhos mais velhos, já adultos, por aqui e levando os mais novos com eles, que constituíram um novo braço da família Daniel naquele Estado.

Na Água Quente, durante anos foi proprietário de um armazém de secos e molhados, comércio que o deixou bastante conhecido naquela região, bem como na então movimentadíssima Usina Miranda – inclusive aceitava em seu balcão o famoso “cascudo”, que era uma espécie de moeda corrente dos funcionários da usina, tendo em vista o tamanho da imensa colônia na época.

Posteriormente ainda trabalhou na área de transporte rural, até que veio a aposentar-se e, daí, residir na cidade de Pirajuí, primeiramente no Centro e, em seguida, no Jardim Paraíso, onde morou até o fim da vida.

Dono de uma simpatia ímpar, era extremamente popular. Sempre foi adepto de longas caminhadas e, de chapéu escuro na cabeça, adorava andar pela cidade, sempre fazendo paradas para uma boa conversa. Era um ávido consumidor de notícias, o que o fazia uma pessoa extremamente informada. Em sua aconchegante varanda (que é uma espécie de mirante de onde se enxerga grande parte de Pirajuí) era sempre possível encontrar as edições da semana dos jornais locais.

A varanda da casa no Jardim Paraíso, uma espécie de mirante da nossa infância, ponto de encontro da família nas datas comemorativas
A varanda da casa no Jardim Paraíso, uma espécie de mirante da nossa infância, ponto de encontro da família nas datas comemorativas

Sereno e sorridente, carregou essa leveza no olhar até nos momentos mais difíceis de sua saúde. Quando perguntavam como se sentia, automaticamente tranquilizava: “estou em primeiro lugar, quenem o São Paulo FC”, time de seu coração.

Foi casado por mais de 60 anos com Antônia Marcato, falecida em 2007, neste mesmo mês. Com ela, teve oito filhos: Teresa, José Antonio, Regina, Neusa, Elenice, Hilda, Dalton e Valter. Deixa ainda netos, bisnetos e dois tataranetos.

A família aproveita a triste ocasião para agradecer os esforços e apoio da Santa Casa de Misericórdia, na figura da Dra. Daniela Ferrari de Melo; do Hospital Estadual Mário Covas, de Bauru; da equipe da ambulância da Prefeitura e dos doadores de sangue em geral.

“Seu Derico” vai deixar saudades e uma lacuna em nossa história que jamais poderemos preencher, mas ficam de forma ainda mais forte os seus ensinamentos e a garantia de ter vivido uma vida plena, simples, leve, sempre com um baita sorriso pronto para nos receber sentado em sua varanda.

Uma homenagem dos irmãos, filhos, netos, bisnetos e tataranetos da Família Daniel