Foi você quem me fez assim

Pirajuí se despede de Celsão Vianna: homem do futebol

A cidade de Pirajuí possui um passado repleto de feitos, datas e personagens no futebol amador – o historiador da crônica esportiva local, Valdick, que o diga!

Mas dentre tantos nomes dentro das linhas do Estádio Municipal Francisco Nazareth Rocha, o Campão, poucos são tão ligados ao futebol infanto-juvenil como o de Celsão Vianna, que nos deixou nesta terça-feira (6). 

Entre os anos 1970 e 1980 (corrijam-me se estiver errado), esteve ao lado de Roque Gomes com o Juventus FC (não o da Mooca, em SP, mas o de Pirajuí), equipe dente-de-leite que fez a cabeça da molecada no período. 

Posteriormente, já nos anos 1990, foi o primeiro técnico de futebol de toda uma geração de meninos – muitos amigos meus, inclusive –, com o seu trabalho no Madrugada FC, que viria a ser continuado pelo seu filho, em outras categorias, como masters.

Em linhas gerais, é difícil desvincular o nome de Celsão Vianna dessa atividade esportiva – ele respirou futebol durante toda a longa vida. 

O bancário dos gramados

Apesar da paixão intensa pelo futebol, não foi no banco de reservas mas em outro tipo de banco onde Celsão passou grande parte da vida. 

Para ser mais exato, fez carreira no Bradesco de Pirajuí. Instituição onde se aposentou já há um bom tempo. 

Celso Paulino Vianna faleceu aos 80 anos de idade. 

Como não poderia ser diferente, o conheci nos gramados do Campão, à época em que eu trabalhava como repórter da Pirajuí Rádio Clube. 

De boné encaixado no topo da cabeça, era uma figura simpática, de fala pausada, vozeirão grosso e aperto de mão muito forte. 

Passou horas e horas de sua vida treinando a disciplina da molecada, principalmente no cabeceio. Os moleques ficavam numa roda enquanto Celsão Vianna arremessava a bola em sua direção. 

O retorno da cabeçada tinha de ser perfeito – ou então o aspirante a jogador tinha que ficar tentando até acertar o que pedia o professor. 

As fotografias

Os registros fotográficos que marcam essa despedida a Celsão Vianna

No primeiro, ele dá uma entrevista ao também saudoso Piter Pereira, radialista, cronista, redator e repórter rock’n roll que nos deixou na década passada. O registro é do rico acervo de Maria Ivone Pandolfi

O segundo registro é bastante recente, provavelmente de 2018, data de um encontro da turma do Tiro de Guerra de seu filho Celsinho Vianna. 

Aliás, sou amigo de muitos membros da grande família Vianna (de alguns, sou próximo desde a infância).  A todos os familiares, o Homem Benigno deixa suas condolências.

Ficam as boas memórias e o jeitão inesquecível do Celsão Vianna, homem do futebol. Vai em paz, amigo!

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