Produzida na mesma pegada de Making a Murderer, a nova série The Keepers, que estreou recentemente no Netflix é uma baita produção, que embeleza os olhos na qualidade técnica, mas vai te fazer ter uma úlcera de tanto nervoso e revolta diante dos fatos “esquecidos”.

No final dos anos 1960, a freira Cathy Cesnik foi assassinada em circunstâncias misteriosas. Passados quase meio século, o homicídio continua sem solução e não corresponde ao único choque nessa história – o crime amarra uma rede maligna de abusos sistemáticos de menores estudantes da instituição católica.

Olha, que Deus me perdoe, pois sou católico e tudo mais… Mas há um padreco, um sem vergonha, patife, podrão, desgraçado nessa trama que você vai ter vontade de levantar do sofá e dar uma JOELHADA na tela da smart TV, mas vai mudar de ideia porque o talão do Ponto Frio ainda está na parcela 6/10.

O que revolta é que, entre o vai e vem dessas acusações, passam anos e anos sem que os crimes sejam reconhecidos ou devidamente punidos. Uma situação que mostra como a justiça é lenta e burocrática – mesmo lá na gringa – e, também, como esses meios acatam os esforços da poderosa igreja católica para proteger os “seus”.

A série The Keepers e as mulheres obstinadas

Mas por que o assassinato da irmã Cathy voltou aos holofotes 50 anos depois?

Por culpa de duas de suas jovens ex-alunas, hoje já aposentadas, Gemma Hoskins e Abbie Schaub, que usando o Facebook e arquivos públicos judiciais passaram a reunir novas informações sobre o crime e os abusos e, agora, com o apoio da série-documental, têm a chance de dar nova atenção à pauta e, quem sabe, solucionar uma dúvida de cinquenta anos.

Não é dar nenhum spoiler dizer que muita gente dessa história já passou dessa para melhor (ou pior, em alguns casos). Mas, assim como Making a Murderer, é possível tirar algo de prático dessa situação. Prestem bem atenção nos capítulos que vocês vão entender o que eu estou falando. Aliás, se isso acontecer aqui na “vida real” eu venho aqui e atualizo esse post. Fechou?

 

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