Nas décadas passadas, nascer ou viver um tempo em uma cidade do interior, significava conhecer os seus veículos de comunicação. No meio das páginas, estava a presença marcante das propagandas do comércio de Pirajuí.

Em uma época em que a internet não existia, ao menos de forma popular, e que os jornais ainda eram a grande locomotiva da informação, vinha do comércio uma das principais formas de fomento a essa atividade.

E as propagandas do comércio de Pirajuí sempre bancaram esse modelo de negócio.

O apanhado abaixo, faz parte das páginas de anúncios de uma raridade: o breve semanário CineRevista, que circulou no início da década de 1980. Em breve, vou fazer um artigo contando a história desse simpático veículo, que foi ideia da família Altran, e que era distribuído na porta do Cine São Salvador e, à época, inspirou o formato do Semanário O Alfinete.

A preservação dessa raridade ficou por conta do amigo Joselino Araújo, que na época, era um jovem funcionário da gráfica do saudoso Chiquito Bannwart.

As propagandas do comércio de Pirajuí

Alguns desses estabelecimentos mudaram de endereço ou, até mesmo, deixaram de existir. Mas é muito interessante notar a longevidade dos comerciantes locais, sempre batalhadores e oferecendo serviço de qualidade para toda região.

Afinal, numa época em que sobreviver um ano de um empreendimento já é uma raridade, imagine 40 anos!

Durante décadas, a extinta Casa Moreira foi o lar de belos produtos e de uma equipe de vendedores excepcionais – não era preciso detalhar muito do que se queria, a equipe já sabia como bem atender os clientes.

A loja expandiu e chegou a ocupar grande parte do quarteirão da Rua 7. Minha família tem vínculos na história do estabelecimento: meus tios Luiz Marques e José Domingos, que é conhecido até hoje como “Zezinho da Moreira”, foram funcionários de lá desde a adolescência.

É até engraçado lembrar que, originalmente, a loja do saudoso Neguito era uma “Discoteca”. Muitas pessoas tiveram o primeiro contato com a música nos acervos de seu comércio. Infelizmente, hoje são apenas saudades, tanto do Neguito, quanto da amada Dona Sônia, sua esposa, que nos deixou há pouquíssimo tempo.

O escritório está aí até hoje, mas não reconheço a Rua Dom Pedro II, será que houve alguma mudança de nome ou de local de instalação? É um barato ver os telefones de prefixo 72, não é mesmo?

Esta era a farmácia do saudoso João Garcia, avô do meu amigo Gabriel Jareta, e figura marcante na história da Rua 7 de Setembro. Quantos e quantos anos dedicados a esse estabelecimento, cuidando da saúde de toda uma cidade. Sem falar da perfumaria e da estética, né!

Não conheci essa lanchonete. Era na Riachuelo. Quem se lembra?

Quantos anúncios interessantes nessa imagem. Notem que o Cliv já estava lá, firme e forte, fazendo “Reportagens em Geral”. Um detalhe no anúncio – que ainda me lembro –, era a presença de máquinas fotográficas na vitrine do foto. Das mais simples até algumas que se aproximavam das profissionais.

Casa Ramos, dispensa comentários, não é mesmo. Aqui neste artigo contamos mais sobre a história do local.

O Bar da Tia também é um clássico: o lendário Bar da Palmira. Também já relembramos suas histórias por aqui. Clique para ler.

Por fim, impossível não se lembrar do inesquecível Mário Sapateiro, que nos deixou há poucos dias. E que trabalhou até os últimos momentos de vida. Grande Mário! Conheça aqui sua historia.

Observar as propagandas do comércio de Pirajuí, é fazer uma viagem no tempo. Quantas saudades!