No dia a dia de Pirajuí, durante a semana, dava a impressão que o Caê era, na verdade, mais que uma pessoa. Já reparou nisso?
Ao mesmo tempo, parece que ele estava saindo ou entrando em algumas de suas lindas lojas de móveis e presentes; ou estacionando o carro e descendo para conversar ali perto da agência Aloísio Veículos; e mais, ele também estava na sede da Acinp, na galeria; descendo as escadarias do lindo casarão da Santa Casa, onde atuava na provedoria; ou na caminhonete seguindo pela vicinal Anibal Haman em direção à sua chácara.
Caê estava ou parecia estar em todas essas cenas descritas. O fato é que ele não parava um segundo sequer. Sempre trabalhando, planejando e organizando.
Eu e, tenho certeza, você também, não deve ter acreditado quando hoje, fomos todos abalados com a notícia de seu falecimento, vítima das complicações da covid-19. Inacreditável, impensável, inadmissível que um cara como ele tenha desaparecido, assim, tão de repente.
A trajetória de Claudnir Escaliante, nome pelo qual ele só era chamado nas formalidades em que participava, é de sucesso, mas pautada por uma rotina de muito, muitíssimo trabalho.
Grandão, de cabelo sempre meio espetado e o tempo todo sorridente, era até difícil adivinhar a sua idade. Fiquei surpreso ao ler 58 anos, parecia ter menos. Bem menos. Tinha um jeitão de menino – me peguei pensando: Caê provavelmente se dedicou tanto ao trabalho, à construção de uma vida melhor para sua família, que não deve ter tido tempo de ser criança, na infância.
Por isso, levou esse jeitão leve de encarar as coisas sérias do cotidiano por toda sua vida adulta.
Timidez e humildade
Apesar de bom de conversa, falar em público não era sua praia. Alguns de nossos contatos profissionais, por exemplo, foram em ocasiões em que fui contratado como comunicador ou mestres de cerimônias – e lembro que Caê deixava claro que não queria o microfone nem perto dele.
Recentemente, já em tempos de pandemia, durante uma live da Santa Casa de Misericórdia, organizada pelo DJ Fabinho Chada, ele fez a mesma coisa. Ao ser chamado para falar no vídeo, logo empurrou outra pessoa da equipe para falar.
Caê não precisava falar. O seu lance era fazer.
E fez muito. Da infância humilde, construiu um império. Além do sucesso como comerciante e empresário, foi investidor das mais diversas áreas de negócios, sempre com êxito.
Como gestor, dispensa comentários. Fez um trabalho de sucesso recorrente na Associação Comercial e Industrial de Pirajuí (Acinp) e, mais recentemente, deixou a marca de se estilo de organização e eficiência à frente da Santa Casa de Pirajuí.
Tenho a impressão que, não fosse o trabalho que ele e sua equipe vinham desenvolvendo nos últimos anos, as consequências da pandemia do coronavírus poderiam ter sido catastróficas.
O Caê amigo
Ao seu lado, estava sempre cercado de amigos, de admiradores, de verdadeiros devotos de seu trabalho e seu jeito de ser.
Basta uma olhada nas redes sociais para ver o impacto de Caê na vida de muitos pirajuienses. O próprio prefeito, César Fiala, conta dos votos de confiança que o amigo mais velho o depositou em vários momentos de sua vida.
O advogado, Diego Carneiro Giraldi, fala da capacidade de Caê em permitir que as pessoas crescessem profissionalmente ao seu lado.
De funcionários e ex-colaboradores, as palavras são ainda mais tocantes. Falam do patrão como alguém da família, um pai, um mentor. “Alguém que dá bom dia até para os passarinhos na rua”. E é bem isso, mesmo.
Das palavras do engenheiro agrônomo e ex-vereador, Galeno Loureiro Sobrinho, uma frase que muita gente deve ter pensado hoje – quanto esperávamos que, um dia, o próprio Caê assumiria a prefeitura de nossa cidade.
Havia essa expectativa em tudo relacionado ao seu nome. Em todos os setores onde atuou, Caê foi brilhante. Amigo, profissional, uma pessoa exemplar e admirável.
Ensinou muito para todos nós, nessa sua passagem tão breve aqui na Terra.
Marisa, Caezinho, muita força a vocês todos nesse momento tão triste. A toda família Escaliante, que tanto orgulho tinha desse grande batalhador, também.
Caê nunca será esquecido. Será impossível andar pelas ruas de Pirajuí e não lembrar dos seus feitos e, é claro, dele subindo e descendo o dia todo, trabalhando e correndo atrás das instituições que ele adorava administrar.
Descanse em paz!
Sandra Lúcia Lima Dias
18/05/2021 — 03:22
Jamais será esquecido Cae tratava com.Muito carinho minha neta na casa dela Vitória tem um relacionamento com o filho ddele o amado Caezinho Descanse em paz Cae E Deus de forças a Esposa Marisa e ao filho saúde p superar essa ingrata doença
Carlos Escaliante
18/05/2021 — 12:39
Obrigado Marcelo pelas palavras direcionadas ao tio Caê, aqueles que sofrem sua falta e perda se consolam um pouquinho no reconhecimento da pessoa ímpar que ele era apesar de ele mesmo nunca precisar de reconhecimento!
Minha personalidade foi moldada em seus ensinamentos provindos do conhecimento tácito que ele incorporou ao longo da vida e tão precocemente soube reconhecer e mais do que tudo partilhar com todos a sua volta.
Generosidade tio, generosidade era você em vida, generosidade é o exemplo que vai ficar para mim sobre você.
funcionário Marcelo
18/05/2021 — 18:18
Meus sentimentos, meu caro!
funcionário Marcelo
18/05/2021 — 18:19
Inesquecível!
Adriana aragao
18/05/2021 — 19:18
Homem de um grande CORAÇÃO que sempre conseguia vê o lado bom de tudo .tua esposa Mariza mulher maravilhosa que nunca mediu clase social sempre tratou todos com igualdade eles são assim neh ele era e a esposa e o filho ficou pra continuar seu legado bom uma grande perca mais Deus quis com ele saudoso cae
Rosy Calderari
20/05/2021 — 12:23
Caê, teve sim uma infância maravilhosa apesar das dificuldades, eu tive a felicidade de conviver com ele em todas as etapas de sua vida, moleque arteiro, sempre rindo e fazendo rir, e o que dizer da adolescência então? Rimos muito, dançamos muito, corremos todas aquelas fazendas e açudes da Estiva, todos os primos e agregados, almoçando na primeira casa que a comida estivesse pronta, a Estiva era assim, uma grande família, o Caê só cresceu fisicamente, no coração era aquele menino que fez a minha vida e a de tantas pessoas realmente valer a pena. Deus o chamou tão cedo porque tem muitas obras pra ele, obras essas que ele só poderia realizar de lá. Estamos sofrendo muito, mas as lembranças dele ficarão para sempre.
ozias navarro
20/05/2021 — 13:11
Foi e será sempre um grande amigo, desde o tempo da Loja do Neguito, onde iniciou a sua saga para o comércio. Que Deus conforte a Marisa o Caezinho e demais familiares.
funcionário Marcelo
20/05/2021 — 17:22
Com certeza, Ozias!
funcionário Marcelo
20/05/2021 — 17:22
Obrigado pelo relato, Rosy 🙁